Episódio #3 Como as crenças limitantes moldam a tua vida (e como libertar-te delas)

Descobre como as tuas crenças limitantes influenciam as tuas escolhas e a forma como vives. Aprende a identificá-las, questioná-las e reescrever a tua

O que são crenças e porque são tão poderosas

Há algo invisível que molda a forma como vês o mundo, tomas decisões e vives os teus dias. Algo que determina o que achas possível - e muitas vezes, o que achas impossível.

Essas forças invisíveis chamam-se crenças.

As crenças são ideias que aceitamos como verdades. Algumas impulsionam-nos, outras — as chamadas crenças limitantes — criam barreiras internas que nos impedem de crescer, mudar ou realizar o que desejamos.

“As crenças não são muros externos. São muros internos — invisíveis mas avassaladores"

De onde vêm as crenças limitantes

A maior parte das nossas crenças não nascem connosco. São herdadas — da família, da escola, da sociedade ou de experiências passadas.

Talvez frases como estas te sejam familiares:

“Tens de ter um emprego seguro.”
“As mulheres não podem falhar.”
“Não sou criativa.”
“Já é tarde demais para mudar.”
“Tenho de agradar a toda a gente.”

Com o tempo, estas frases deixam de ser opiniões externas e tornam-se vozes internas. Passam a guiar as tuas decisões, como se fossem verdades absolutas.

Como as crenças moldam o teu comportamento

Quando acreditas numa história limitante, o teu cérebro procura provas para a confirmar. É assim que a mente funciona: procura ter razão, não liberdade.

Exemplo:
Se acreditas que “não consegues acordar cedo”, dificilmente vais criar hábitos que te ajudem a fazê-lo.
Se acreditas que “não és capaz de mudar de carreira”, vais ignorar oportunidades que poderiam abrir-te novos caminhos.

A tua perceção torna-se o teu limite — e, muitas vezes, nem percebes que o limite está dentro de ti.

O primeiro passo para mudar: reconhecer as tuas crenças

Antes de te libertares de uma crença, precisas reconhecê-la.
Experimenta fazer estas perguntas:

Que frases repito a mim mesma quando penso em mudar?
O que me impede de dar o próximo passo?
De onde vem esta ideia — é minha ou foi ensinada por alguém?
Esta crença está a proteger-me… ou a aprisionar-me?

Reconhecer crenças não é um exercício de julgamento, é um ato de autoconhecimento. É o primeiro passo para escolher de novo.

Como libertar-te de crenças limitantes

Libertar-te de uma crença não significa fingir que ela nunca existiu — significa questioná-la com gentileza e firmeza.

Aqui estão quatro passos práticos para começar:

Questiona a verdade absoluta. Pergunta-te: “Isto é mesmo verdade ou é apenas uma história que aprendi?”
Procura exceções. Lembra-te de momentos em que já conseguiste fazer diferente.
Reescreve a narrativa. Transforma “Eu não consigo” em “Ainda não aprendi como, mas posso aprender.”
Age a partir da nova crença. Pequenas ações consistentes fortalecem a nova história mais do que mil repetições mentais.

Exemplo prático:
De “Eu não sou disciplinada” para “Posso criar sistemas que funcionem para mim.”
Depois, aplica um pequeno hábito — mesmo que por apenas 5 minutos por dia.

Reescreve a tua história

As crenças não são sentenças — são histórias e estas podem ser reescritas.

Libertar-te de crenças limitantes não é negar o teu passado, é recuperar o poder de escolher quem és a partir de hoje.

Tira 10 minutos do teu dia.
Escreve uma crença que te tem limitado.
Questiona-a. Reescreve-a.
E dá um passo, por mais pequeno que seja, alinhado com a nova versão da tua história.

Lembra-te: não és prisioneira do que acreditaste até aqui.
As tuas crenças não definem quem és — definem apenas o ponto de partida.
O resto… és tu quem escolhe.

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Categorias: : Desenvolvimento pessoal, Mindset