A pirâmide de Maslow (que não fica no Egipto)

A Hierarquização das Necessidades de Maslow e a explicação de todos os níveis tendo relação com o desenvolvimento pessoal

Quem leu algo de Psicologia ou teve essa disciplina na escola já ouviu falar de Maslow e da sua Pirâmide das necessidades.
O que acrescentamos aqui, e que foi super bem sucedido na nossa Tribe, é como este conhecimento pode explicar as vezes em que "falhaste" em instalar um novo hábito na tua vida e como pode aumentar a empatia e consciência no mundo.

Maslow foi um senhor fantástico que criou a teoria da Hierarquização das Necessidade. Numa pirâmide, ele divide as nossas necessidades, categorizando-as por nível de importância. Explica que cada nível serve como patamar para o próximo. Exactamente como uma escada em que é impossível passar para os patamares superiores se não completarmos os degraus anteriores.

Também afirmou que respondemos a essas necessidades, especialmente as de nível mais básico, de uma maneira visceral e que não inclui a nossa mente racional. É ali que se encaixa a nossa necessidade de sobrevivência e, é por isso, que há necessidades que se sobrepõem a outras sem precisarmos de intelectualização ou sem conseguirmos impedir que assim seja. Lembrem-se do que aprenderam sobre a Idade da Pedra. Necessidades como comida, abrigo e segurança foi o que forçou a humanidade ao desenvolvimento de competências. Não responder a esse chamamento biolõgico significaria morrer.

Esta pirâmide e esta teoria consegue mostrar-nos também porque é que muitas das mudanças da nossa vida não se efetivam e porque é que, muitas vezes, estamos no bom caminho e depois vemos tudo cair por terra.

Em primeiro lugar é importante descortinar quais os níveis desta pirâmide:

Necessidades Fisiológicas - Sono, comida, água
São necessidades que respondemos automaticamente e que não intelectualizamos.
Este primeiro nível será visto como a fundação da nossa casa e aquilo que precisamos de garantir que está suprido para podermos passar aos outros níveis.
Segurança - Lar estável, emprego estável. A noção de que estamos seguros e protegidos. Pensem no que fariam se vos deixassem numa ilha deserta. O que fariam primeiro? Procurariam abrigo. Foi o que os humanos do Paleolítico fizeram quando começaram a perceber que as cavernas eram sítios bons para se abrigarem e protegerem contra os perigos. Também o desenvolvimento do fogo teve essa função - iluminar os seus lares e afugentar os predadores. Estas são as paredes da nossa casa. Para que entendas o quanto esta base da pirâmide é importante quero que reflitas sobre as principais formas de tortura conhecidas, bastando pensares no Holocausto e aquilo que sabemos sobre campos de concentração. Elas foram desenhadas para destruir o ser humano na sua fundação, mesmo que não signifique a sua morte. A falta de água, comida, a privação de sono e o afastamento do lar e do sentimento de segurança.
Noção de amor e pertença - Sentir conexão e sentir-se amado.
Um bebé precisa do amor de mãe ou de alguém que faça esse papel para se desenvolver de forma saudável. Repara que não digo que o bebé não sobreviverá , isso pode acontecer, mas é cientificamente conhecido o impacto da falta de afecto na primeira infância.
Neste nível, em que a família e os relacionamentos são tão importantes, é como se fosse a decoração da nossa casa para o conforto, para que nos sintamos bem. Um sofá, uma cama para o nosso tamanho, a nossa máquina de café preferida. O senso de que pertencemos a algum lado e que somos apreciados.
Estima - Quando nos começamos a sentir bem connosco , queremos espelhar isso na relação com o outro. Procuramos confiança, respeito e reconhecimento. É suprida quando o outro reconhece as nossas mais-valias, que respeita quem somos, as nossas individualidades e que demonstra confiar em quem somos.
É o telhado da nossa casa.
Auto-atualização - A nossa jornada de desenvolvimento pessoal em que queremos alcançar objetivos, explorar coisas novas, crescer como pessoas e investir em quem somos a nível de personalidade e consciência.
São coisas que fazemos não para sobreviver mas para melhorar a nossa vida e fazer-nos mais feliz.
É como a decoração que fazemos em casa com o único propósito de a deixar mais bonita para nós, consoante as nossas memórias afectivas e o nosso padrão estético.

E porque é que é tão importante sabermos como funciona esta pirâmide? Porque para chegarmos ao melhoramento de nós mesmas (que tenho a certeza que tu também estás a fazer senão não nos estarias a ler) precisamos de entender se subimos todos os outros patamares.

Precisamos de fazer um diagnóstico pessoal para podermos perceber melhor a mecânica do que fazemos e, mais importante, do que não fazemos.

Explicamos-te como no próximo artigo. Mas antes, deixa-nos a tua opinião sobre esta teoria.
Já conhecias?
Sabias que tinha aplicação ao desenvolvimento pessoal?

Esperamos "ouvir-te"!

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